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Rajmund
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Estrasburgo: A Jóia da Fronteira. - Página 2 Empty Re: Estrasburgo: A Jóia da Fronteira.

Qui Abr 12, 2018 8:40 pm
*O resto da noite segue tranquilo. Rajmund se despede calorosamente de Seth, antes de seguir Labianus para seu refúgio. E como imaginado, o dia traz visões ainda piores.*

*Mas ainda pior. As visões de fogo trazem um novo pânico. Primeiro, por reconhecer Villon na cena; segundo, por perceber que estava consciente. Seu primeiro instinto é o de correr das chamas, o segundo é ir descobrir, ou tentar salvar, o vampiro imolado, mas logo Rajmund se controla. Estava num sonho. Salvá-lo seria irrelevante, e um desperdício de tempo precioso. Se ele tem essas visões, é por um motivo, então procuraria aprender o máximo possível.*

*Inicialmente ele pensa em se mover rápido, mas decide contra. Qualquer movimento brusco pode perturbar o cenário. Calmamente, ele anda em direção ao Príncipe de Paris, e para do seu lado. Quando fala, se surpreende ao ver que não fala língua nenhuma, mas ao mesmo tempo todas. Estaria pensando em polonês e falando em francês ou o contrário?*


-Quem é?
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Estrasburgo: A Jóia da Fronteira. - Página 2 Empty Re: Estrasburgo: A Jóia da Fronteira.

Sex Abr 13, 2018 5:52 am
François Villon se voltou em direção a Rajmund. O Gangrel não sabia dizer se o Toreador sabia quem ele era. Villon olhava para ele como se olhasse para uma outra pessoa. Sorriu, e no seu sorriso existia algo de satisfeito, quase como se estivesse feliz. Em sua mão direita, abaixada, repousava a mais bela rosa que Rajmund já havia visto. Brilhava em um vermelho intenso, como se estivesse banhada de sangue. O Gangrel poderia jurar tê-la visto gotejar vitae sobre o chão sujo.

- Alexandre. Agora ele pega pelos seus crimes que, ainda que motivados pela sua loucura e instabilidade, não poderão jamais ser esquecidos. O que restar de seu corpo será desmembrado e entregue ao beijo do sol. Que ele jamais retorne pois, se o fizer, a França será afundada na guerra uma vez mais.

Os gritos eram intensos. Alexandre se debatia na fogueira. Rajmund pensou que, pelo tempo que estava ali, qualquer cainita já teria sucumbido. No entanto, a massa de carne fumegante a qual havia sido reduzido o antigo Ventrue, resistia. Rajmund conseguia ver as presas, brancas e enormes, cada vez que o homem praguejava, jurando vingança. A flor nas mãos de Villon parecia cada vez mais vermelha, quase pulsante.

Acordou, na noite seguinte. No andar inferior, uma melodia podia ser sentida. Era uma canção melancólica, mas desconhecida. Várias mulheres cantavam em coro em uma língua desconhecida. Os passos no andar inferior indicavam que, provavelmente, Labianus já havia despertado. O relógio no quarto mostrava 22:34. Rajmund havia acordado muito mais tarde do que de costume.
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Sex Abr 13, 2018 2:07 pm
*Como imaginado, ele havia sonhado novamente, e se os sonhos eram cada vez mais elucidativos, também era cada vez mais desgastantes. 22 horas! Se esse ritmo seguisse, Rajmund certamente dormiria para não acordar mais na noite seguinte. Ele precisava, o quanto antes possível, descobrir o motivo por trás desses sonhos perturbadores.*

*Ele desce as escadas, seguindo o som da música. Seguindo ela, invariavelmente encontraria Labianus.*



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Sáb Abr 14, 2018 5:49 am
Marcus Labianus estava de pé no salão principal. A música que saia do gramofone tinha se tornado mais alta enquanto Rajmund descia as escadas. Um coro feminino emitia sons que pareciam fruto de uma espécie de transe coletivo. Havia uma atmosfera religiosa na canção. Labianus se girou para observar Rajmund descer as escadas. O Ventrue parecia bastante à vontade: vestia tão somente calças escuras. O torso estava descoberto, deixando à vista poderosos músculos.

- Belo, não é? - Apontou para o disco que girava no gramofone - Me lembra a minha juventude. Recordo-me que, quando ainda era mortal, participei de um breve campanha no Levante. Que bela é a modernidade! Consegui que alguém me gravasse sonos semelhantes, embora a qualidade tenha visivelmente se perdido no decorrer dos séculos.

O Ventrue olhou mais atentamente para o Gangrel. Apertou os olhos enquanto o fazia.

- Você está com um aspecto péssimo, Rajmund Samiec. Não dormiu bem, há algo que o incomoda?
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Sáb Abr 14, 2018 1:29 pm
*Ele observa o ambiente e seu colega. Quase invejava a calma de Labianus, pois ele certamente não era assolado por pesadelos diários. A música, porém, não era ruim. Diferente, sim, mas trazia um certo conforto. Provavelmente mais para o Ventrue, saudoso de uma existência que não voltaria mais.*

*Terminando de descer as escadas, ele desaba numa poltrona, se sentindo esgotado logo após acordar, e responde em alemão.*


-A música é... interessante. Me sinto relaxado com ela, deve te fazer muito bem.

-E não, não durmo bem. Não durmo bem desde o meu primeiro dia em Paris, e era sobre isso que queria conversar.

*Ele começa a remexer as mãos, nervoso. Confiava em Labianus, e tinha receio em falar justamente por medo de ser considerado louco por alguém que respeitava.*

-Antes de contar, preciso saber algo: Quando Villon chegou ao poder em Paris? E como? E principalmente, você disse, na nossa viagem, que se lembrava no reinado do Ventrue Alexandre. Não existam muitos que possam dizer isso, então preciso perguntar: como era? E, principalmente, como era o próprio Alexandre?
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Estrasburgo: A Jóia da Fronteira. - Página 2 Empty Re: Estrasburgo: A Jóia da Fronteira.

Seg Abr 16, 2018 4:27 am
Marcus sorriu e suspirou. Sentou-se em uma poltrona diante de Rajmund.

- É uma longa história.

Esticou o braço e reduziu o volume da música.

- François Villon se tornou Príncipe de Paris no século XV, em meio ao caos gerado pela Revolta Anarquista e pela Inquisição. Seus inimigos foram suprimidos rapidamente e a maior parte dos apoiadores do antigo monarca foram destruídos ou seguiram para o exílio. O próprio Villon era um jovem Anarquista à época, e não se sabe muito bem como conseguiu manter o controle de uma das principais cidades europeias. Alguns apontam que a coalizão que àquele tempo já desejava criar uma seita que unisse nossa raça lhe deu o suporte necessário. A união do Clã Toreador durante este período foi algo inédito, e o clã estava subordinado à supervisão do então Justicar do Clã, Rafael de Corazón.

Labianus fez uma pausa. Rajmund percebeu que o Ventrue não fazia esforço para se lembrar dos acontecimentos, relatava-os naturalmente.

- Fato é que Villon unificou o país sob a bandeiras das Cortes do Amor, aproveitando-se da estrutura criada por seu antecessor, mas trocando pessoas chaves na administração do país. As guerras de religião possibilitaram que os mortais sob o controle de Alexandre fossem desacreditados ou mesmo executados. A sucessão contou, também, com a localização, julgamento e execução do antigo Príncipe.

Se ajeitou na cadeira.

- Agora, você me pergunta sobre o reinado de Alexandre. Quando eu deixei o Torpor, em meados do século XIII, Alexandre era já Príncipe. Acompanhei seu governo por dois séculos, antes que a Revolta alcançasse Paris. Posso dizer que Alexandre era um cainita sábio, mas instável. Me recordo dele em tempos anteriores, durante a existência do Senado Eterno. Era um Membro calmo e elegante, com uma sabedoria imensa e o desejo de dividi-la.

Fez uma expressão nostálgica.

- Quando retornei, ele havia mudado. Havia assumido uma consorte, Saviarre, também pertencente ao meu Clã. Seus últimos anos de governo foram marcados por desafios cada vez maiores à sua autoridade. Ao mesmo tempo, Alexandre demonstrava uma instabilidade mental cada vez mais intensa. Era irascível e violento. Durante um período conheceu uma mortal que acalmou seus instintos. Infelizmente a mulher desapareceu meses depois, e a ira que tomou conta do Príncipe colocava a França à beira de uma Guerra Civil. Neste meio tempo a Revolta chegou às nossas portas e os Toreador deram o golpe final no Principado de Alexandre.

Labianus se inclinou em direção à Rajmund.

- Se você me perguntar o que eu acho de François Villon eu lhe responderia: é um Príncipe extremamente capaz e eficiente, embora seja um homem de moral duvidosa. No entanto, é infinitamente mais estável do que Alexandre. Se meu companheiro de Clã ainda fosse vivo, tenho certeza que estaria alinhado com os interesses daqueles que buscam subjugar as Cortes Nacionais, primeiro como uma forma de retomar seu antigo poder, segundo como uma forma de vingança. Fato é que Alexandre foi queimado até as cinzas séculos atrás, e seu governo entrou para a história, ao menos nos últimos anos, como um dos mais brutais da história da nossa raça.
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Seg Abr 16, 2018 9:03 am
*Rajmund acena com a cabeça conforme Labianus conta sua história, cansado de mais para fazer outro movimento. Quando o Ventrue enfim fala sobre a execução de Alexandre é que o Gangrel se endireita na poltrona. Sua voz tem um tom preocupado, quase... assustado.*

-Ele foi queimado, sim. Ficou numa fogueira mais tempo que eu acharia possível para qualquer membro, até que enfim foi desmembrado e entregue ao sol. E sabe o que mais me chamou a atenção? As presas. Nunca vi tão grandes, ao menos não fora das monstruosidades Tzimisce.

*Ele fica quieto um momento, aguardando Labianus digerir a informação.*

-É isso que me incomoda desde que cheguei a Paris. A cada dia, tenho sonhos envolvendo Alexandre. Não sabia no início, começou com um monstro de três cabeças devorando tudo ao seu redor, mas agora posso afirmar com certeza que quem eu via era Alexandre. E isso me preocupa cada vez mais. Ontem, essas visões não esperaram o meu sono, aconteceram no meio da reunião. Hoje, me impediram de despertar...

-O que vai acontecer em seguida, Marco? E pior, quem está por trás disso? Será que uma fogueira, desmembramento e sol não bastaram para seu colega?
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Seg Abr 16, 2018 10:10 am
Labianus fez uma expressão preocupada. O Ventrue encarou Rajmund antes de responder.

- Suas visões me preocupam, Rajmund. Não é normal que os cainitas da sua Família apresentem tais habilidades, normalmente reservadas aos Malkavianos e a alguns Clãs que já não mais existem. Quando retornarmos a Paris desejo lhe apresentar uma pessoa. Trata-se da Primógena Malkavian Sarisa Ronan. Se alguém pode esclarecer a razão desta tua... habilidade, é ela.

O Ventrue se levantou e passou a caminhar pela sala. Rajmund percebeu que Labianus tinha uma expressão estranha, quase como a de uma criança que precisa guardar um segredo, mas não sabe como.

- Eu também confiro em ti, Rajmund, por razões que não sei explicar. Muito do que ocorre na Europa não deve ser tornado púbico. São instruções dos meus superiores às quais, neste momento, eu escolho desobedecer.

Labianus se aproximou de Rajmund. Sua expressão, agora, era sombria.

- Eu lhe falei, brevemente, da conspiração que se arma no continente. Nossas informações dão conta de que algo estranho está acontecendo, algo que tem levado ao despertar de inúmeros Matusaléns mundo afora. Dentre eles, alguns membros do meu Clã. Este um assunto estritamente confidencial e, dentre os Príncipes das cidades que mencionarei, somente Villon está plenamente ciente.

O Ventrue tornou a se sentar.

- Em Berlim, há claros indícios de que um Ventrue chamado Erik Eigermann tenha despertado. Eigermann foi o primeiro Príncipe de Berlim, cria direta de Ventrue. Em Instambul, aquele que responde pelo nome de Antonius parece não ter sido destruído como se pensava. E, agora, você me traz notícias sobre Alexandre. Saiba que o antigo Príncipe de Paris não foi desmembrado como você, de alguma forma, descobriu. Há indícios suficientes de que ele tenha sobrevivido e, embora não consigamos encontra-lo, ocasionalmente encontramos aqueles que também o procuram, como é o caso, imagino eu, de Wilhelm Waldburg.

- Temos razões mais do que suficientes para acreditar que Eigermann planeja juntar-se a seus dois irmãos para, juntos, desafiar toda a estrutura que construímos nos últimos cinco séculos. Acreditamos que esse movimento começará pelo Principado de Berlim, de onde Erik se anunciará ao mundo. Por tudo isso, é absolutamente necessário que encontremos e eliminemos a ameaça que é Alexandre. O projeto que está nascendo não nos terá em consideração, Rajmund. E, caso efetivado, será um banho de sangue.
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Seg Abr 16, 2018 10:29 am
Labianus fez uma expressão preocupada. O Ventrue encarou Rajmund antes de responder.

- Suas visões me preocupam, Rajmund. Não é normal que os cainitas da sua Família apresentem tais habilidades, normalmente reservadas aos Malkavianos e a alguns Clãs que já não mais existem. Quando retornarmos a Paris desejo lhe apresentar uma pessoa. Trata-se da Primógena Malkavian Sarisa Ronan. Se alguém pode esclarecer a razão desta tua... habilidade, é ela.

O Ventrue se levantou e passou a caminhar pela sala. Rajmund percebeu que Labianus tinha uma expressão estranha, quase como a de uma criança que precisa guardar um segredo, mas não sabe como.

- Eu também confiro em ti, Rajmund, por razões que não sei explicar. Muito do que ocorre na Europa não deve ser tornado púbico. São instruções dos meus superiores às quais, neste momento, eu escolho desobedecer.

Labianus se aproximou de Rajmund. Sua expressão, agora, era sombria.

- Eu lhe falei, brevemente, da conspiração que se arma no continente. Nossas informações dão conta de que algo estranho está acontecendo, algo que tem levado ao despertar de inúmeros Matusaléns mundo afora. Dentre eles, alguns membros do meu Clã. Este  um assunto estritamente confidencial e, dentre os Príncipes das cidades que mencionarei, somente Villon está plenamente ciente.

O Ventrue tornou a se sentar.

- Em Berlim, há claros indícios de que um Ventrue chamado Erik Eigermann tenha despertado. Eigermann foi o primeiro Príncipe de Berlim, cria direta de Ventrue. Em Instambul, aquele que responde pelo nome de Antonius parece não ter sido destruído como se pensava. E, agora, você me traz notícias sobre Alexandre. Saiba que o antigo Príncipe de Paris não foi desmembrado como você, de alguma forma, descobriu. Há indícios suficientes de que ele tenha sobrevivido e, embora não consigamos encontra-lo, ocasionalmente encontramos aqueles que também o procuram, como é o caso, imagino eu, de Wilhelm Waldburg.

- Temos razões mais do que suficientes para acreditar que Eigermann planeja juntar-se a seus dois irmãos para, juntos, desafiar toda a estrutura que construímos nos últimos cinco séculos. Acreditamos que esse movimento começará pelo Principado de Berlim, de onde Erik se anunciará ao mundo. Por tudo isso, é absolutamente necessário que encontremos e eliminemos a ameaça que é Alexandre. O projeto que está nascendo não nos terá em consideração, Rajmund. E, caso efetivado, será um banho de sangue.
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Seg Abr 16, 2018 11:28 am
*Rajmund se força a pensar, apesar da dor de cabeça. Estava definitivamente envolvido em algo maior do que era capaz de compreender.*

-Tch, E eu achando que passaria treze anos tranquilos em Paris...

-Isso é... grave. Grave demais, e não parece que tenhamos muito mais gente para resolver isso além de nós dois e Panie Villon...

*Ele se levanta, aparentemente esquecendo o cansaço, e começa a andar pela sala, como um animal acuado.*

-E você está certo, é um mundo que não tem espaço para nós. Pior que esse mundo de hoje, que também não tem tanto espaço para nós. Mas essa guerra dos mais antigos, isso... É como a história dos touros e dos sapos, nie? Sapos vêem dois touros brigando na planícia e torcem, porque é boa briga. Aí sapo velho e diz, tolice torcer por aquilo, porque aquela briga só tinha um resultado para sapos: são todos esmagados pelo perdedor que tem que viver no brejo com eles.

-Malkaviana, é? Esse era meu medo, entende? Que pensasse em mim como maluco. Mas às vezes é maluco que tira sentido da situação, nie? De qualquer jeito, acho que ficamos em Estrasburgo por tempo demais.

*Rajmund, alvoroçado, começa a juntar seus poucos pertences. Sentia que a cada noite a situação ficava mais crítica, e não queria esperar mais. Até que para, lembrando de uma coisa que Labianus disse.*

-"Superiores". Quem são esses superiores, Marco?
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Seg Abr 16, 2018 3:02 pm
Labianus começou a se vestir com as peças de roupa que repousavam sobre uma das pequenas mesas do aposento. Enquanto o fazia, chamou o único servo que guardava a casa e ordenou que o carro fosse preparado. Partiriam ainda naquela noite. Só então se voltou para Rajmund, enquanto calçava as botas de viagem.

- Meus superiores são todos aqueles membros da Camarilla que estão hierarquicamente acima de mim, Samiec. Óbvio que nesta investigação em específico alguns estão mais envolvidos do que outros. Alguns Justicares e Arcontes monitoram os envolvidos. Membros como eu agem em consonância com as ordens destes.

Terminou com o calçado e se levantou.

- Todos nós, contudo, estamos sob a autoridade direta de Hardestadt, O Jovem. São deles as instruções gerais. Sendo de origem alemã, foi ele quem identificou inicialmente a ameaça que era Erik Eigermann.

O servo trouxe a pouca bagagem que ambos carregavam. Rajmund ouvia o ronco do motor do carro do lado de fora da residência.

- Não sei pra onde toda essa história se encaminhará, Rajmund, e sei menos ainda qual a posição que você irá tomar. Te adianto que meus superiores tem um interesse crucial na destruição de Alexandre e você, de alguma forma, está ligado à ele. Se você optar por se manter neutro, eu entenderei e o deixarei em paz. Ignorarei o seu relato e não o relatarei aos meus superiores. No entanto, se você concorda que uma aliança entre Matusaléns deste nível de poder seja uma ameaça para todos nós, precisará explorar essa ligação ao ponto de nos dizer onde está Alexandre. A escolha é tua.
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Seg Abr 16, 2018 9:55 pm
*Então estava agindo sob os auspícios dos maiores dentre a Camarilla. Quem seria capaz de prever a ironia de mudar de fora-da-lei para agente de confiança?*

-Touros e sapos, Marco. Touros e sapos. Acha mesmo que com a volta dessas criaturas algum de nós pode ser deixado em paz? Elas podem se aliar ou guerrear entre si, o resultado é o mesmo, pelo menos para a nossa laia: seremos pisados. Mas somos sapos com dentes, nie?

-Vamos voltar para Paris, Marco Labianus, vamos trabalhar com o Príncipe Villon, por mais que vocês tenham diferenças, e vamos ver a profeta louca, para tentar tirar sentido da loucura que é meu sono.

*Rajmund está de pé, pronto para deixar a casa. O único pertence que trouxera, além das roupas do corpo, foi o revólver, que estava em um bolso de seu paletó.*

-Quando recebi minha sentença, a condição foi que prestaria treze anos de "serviço leal". Acho que isso conta, nie?

*O Gangrel abre seu sorriso de presas afiadas.*
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Ter Abr 17, 2018 4:38 am
- Sim, conta.

Labianus parecia satisfeito com a resposta de Rajmund. Os preparativos foram finalizados rapidamente e em pouco tempo ambos estavam dentro do carro que os levou até a estação. O inverno garantiria que a viagem fosse finalizada antes do nascer do sol. Labianus explicou que Seth Geddes havia partido mais cedo, junto com seu assistente e com a cria do Príncipe de Berlim, Wilhelm Waldburg.

O trem chegou de forma pontual, espalhando fumaça pela plataforma. O trajeto era agradável, possibilitava a Rajmund ver boa parte do leste da França, uma região repleta de vastos campos e pradarias. As amenidades que conversou com Marcus Labianus ajudaram a passar o tempo e pouco antes das quatro da manhã estavam de volta à Paris. Um carro, oferecido pelo Ventrue, levou Rajmund rapidamente e em segurança para o refúgio que lhe fora concedido por Villon. O sono veio veloz naquela noite. Felizmente, Rajmund passou um dia sem sonhos proféticos, imerso na escuridão do subterrâneo da casa simplória.

Labianus o havia advertido de que convocaria Sarisa, a Primógena Malkavian, para que comparecesse à casa de Villon na noite seguinte. Ali, os três deveriam se reunir com o Príncipe para discutir o últimos acontecimentos. Rajmund acordou cedo, o sol havia se posto muito antes do normal, mais uma dádiva do inverno acentuada por um dia especialmente nublado. Seu corpo e sua Besta, entretanto, acusavam Fome. Havia gasto parte de suas energias no combate em Estrasburgo, e deveria caçar antes de se dirigir ao Principado...


[Descreva a cena de Caçada no tópico de Paris].
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