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Regista
Regista
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Sáb Mar 10, 2018 6:20 am
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Arthas Baratheon
Arthas Baratheon
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Ter Mar 13, 2018 3:40 pm
Personagem: Herr Geist ( O fantasma com pronome de tratamento militar)
Jogador: Allan

Backgorunds Be12d610


1864, em algum lugar nos Ducados.

- Morgen, Herr capitão.
Descia as escadas obscurecidas pelo ambiente pouco iluminado o homem com uniforme prussiano de alta patente militar. Seu rosto era coberto por uma máscara de gás, contudo, não havia o típico barulho de respiração abafada.

- Sou um homem das línguas, de fato, Herr Capitão. As obras da humanidade me fascinam.

"O meu repouso é a batalha."

- Não poderia Cervantes, escritor da península Ibérica, estar mais certo de suas palavras gravadas a tinta em uma de suas obras.

Continuou o homem enquanto caminhava em direção a uma pequena mesa de metal, na qual uma pasta fechada se encontrava. Ao abrí-la, pegou alguns documentos nela contidos, puxou uma cadeira e sentou-se para examiná-los.

Os olhos negros da máscara de gás refletiam as palavras escritas naqueles papéis amarelados.

- As defesas em Dybbol serão assim tão frágeis? Eu esperava mais do Ducado de Schleswig. As tropas do Reino da Prússia devastarão suas terras, Herr Capitão. E, devo esboçaar meu contentamento em ser responsável por destroçar seu tão frágil plano de defesa. Não se aflija, ainda. Se enxergares o melhor lado do quadro, perceberás que não viverás para ver a queda de Holstein que se seguirá.


O enigmático homem de uniforme e máscara levantou-se, pegou uma maleta em cima da mesma mesa e aproximou-se de seu ouvinte. Era um soldado de alta patente Dinamarquês. Sua face estava repleta de cortes profundos. Faltavam-lhe alguns dedos e uma das orelhas. Parecia estar desacordado em função da dor. O homem com sua máscara de gás negra aproximou-se e acordou-o com um tapa na face que deslocou o maxilar e o fez cuspir sangue.

O agressor abaixou-se e sinalizou negativamente com um dos dedos de sua mão envolta em luvas negras.

- Não. Ainda não, Herr Capitão. Ainda me falta um nome.

Abriu a maleta e dela retirou um alicate. Com ele, começou a arrancar as unhas dos pés do homem amarrado na cadeira. Uma a uma, lentamente. O prisioneiro gritava, desesperadamente.

- Um nome e sua dor se extingue.

Continuou a dilacerar as unhas, uma a uma.

- Eu...ahhh...eu...ahhh..não...não trairei...ahhh...

Duas horas se passaram, não restavam mais unhas e faltavam-lhe também alguns dedos dos pés, assim como das mãos. A cabeça do prisioneiro pendia para a esquerda, frágil, devido ao profundo corte realizado a faca que lhe desenhava de orelha a orelha.

- Eles sempre cedem. Este, contudo, foi de uma diversão ímpar.

O homem guardou seus equipamentos em sua maleta, organizou os documentos na pasta e os levou, deixando o corpo do soldado Dinamarquês para que os seus encontrassem torturado e, em seu aberto ventre, com a falta do fígado.
Al-Amin
Al-Amin
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Qua Mar 14, 2018 5:01 pm
Nome do Personagem: Aziz Al-Amin
Nome do Jogador: Pedro Augusto

Backgorunds Al-ami10

Prelúdio

"Então Adib, você quer saber sobre aquele que chamamos de Al-Amin?"

"Deixe-me ver por onde começar... Al-Amin - ou Aziz, para aqueles que o conhecem há mais tempo - é uma figura peculiar. Um belo exemplo de que não podemos fazer julgamentos sobre uma pessoa a partir de sua aparência. E um excelente exemplo de que nossa família é mais diversa do que muitos dos europeus gostam de pensar".

"Mas vejamos. A história que ouvi da boca do próprio Al-Amin diz que ele nasceu na pequena cidade de Yabroud, no interior da Síria. Trata-se de uma pequena comunidade de maioria cristã, enfiada nas montanhas próximas de Damasco. Foi lá que seu pai, um afluente mercador damasceno e xiita, conheceu sua mãe, uma cristã maronita, filha de um prolífico farmacêutico. Aziz gosta de dizer que nascer muçulmano dentro de um ventre cristão foi o primeiro sinal de que seria uma pessoa capaz de transitar entre as muitas diferenças das sociedades, sejam elas vampíricas e mortais. Mas a verdade é que uniões românticas entre muçulmanos, cristãos e judeus no Levante são mais comuns do que se imagina".

"Com sua mãe, Aziz aprendeu a ler, a escrever e a ter um apreço pelas artes e literatura. Com seu avô paterno, começou a desenvolver uma paixão pela ciência. Seu pai estava sempre viajando, mas quando o visitava em Yabroud, contava histórias que fascinavam o menino. Falava de grandes cidades como Damasco, Beirute e Istambul, das maravilhas que lá podiam ser vistas e dos homens importantes que circulavam no centro do mundo islâmico. Nessas conversas, o filho já percebia a raiva que o mercador sentia do Império Otomano, que obrigava jovens árabes a servir no exército e serem deslocados de suas cidades para lutar guerras que não eram suas. Era papel de um jovem ficar em sua cidade e ajudar seus pais".

"Al-Amin conta que, conforme foi crescendo, percebeu que as viagens que seu pai fazia não envolviam apenas empreendimentos comerciais. Quando fez 15 anos, foi convidado para o que seria uma reunião de negócios da companhia de comerciantes da qual seu pai fazia parte. Os negócios que discutiam eram na verdade reclamações e denúncias contra o Império. Eles conspiravam para descobrir meios de fortalecer uma aliança árabe no Levante".

"Desde aquele momento, Al-Amin sentia admiração por aquelas pessoas, mas sabia que não serviria para lutar. O que realmente gostava de fazer era ficar em casa, na biblioteca e laboratório de deu avô e lendo com sua mãe. A única coisa que realmente gostava nas reuniões com seu pai era de ouvir os nomes dos políticos influentes, entender as relações e jogos de poder. Era como desenhar um tabuleiro e ver as peças mais importantes de um jogo. Aziz fazia conexões em sua mente, entendendo quem influenciava o que, e como derrubar uma peça poderia transformar o comportamento das demais. Para ele, toda a complexidade do cenário político Otomano poderia ser resumida em fórmulas lógicas".

"O movimento que começava a se organizar viu uma utilidade para Aziz. Com a influência de seu pai, dizem que ele foi colocado como um espião na nobreza otomana. Ali ele poderia se divertir entendendo a dinâmica que tanto o deixava obcecado".

"O mais curioso de tudo é que qualquer pessoa que conheceu Aziz naquela época sabe que Istambul mexeu com a cabeça do jovem rapaz. Ele ficou  encantado com a corte, com a opulência. E, na idade dele, vindo de uma cidade como Yabroud, quem não se encantaria com a beleza e riqueza do Império"?

"Eu não sei dizer até que ponto isso é verdade, mas parece que Aziz nunca deixou de prover informações que os conspiradores pediam. Apesar de se deleitar na corte, ele conseguia informações precisas sobre a política otomana. Seus relatórios eram impecáveis, com um nível de detalhamento que um soldado ou mercador nunca conseguiria obter."

"A verdade é que as conspirações dos árabes nunca deram em nada, mas foi essa obsessão, creio, que despertou a atenção de nossa família".

Noites em Istanbul

"Você sabe, Adib, que a posição dos Filhos de Haqim com relação ao Império é complexa. Nenhum clã tem mais influência na nobreza turca do que nós. Muitos enxergam o Império Otomano como a maior conquista que já fizemos em meio aos mortais. Contudo, alguns entre nós já enxergam o fim dessa obra e se aliam com os movimentos separatistas que surgem aos poucos. Pois foram esses últimos que se interessaram em Aziz".

"Para eles, o sírio estava em uma posição perfeita para ser recrutado. Ele tinha informações, recursos e habilidades. Assim, em uma noite, ele recebeu a visita de Ibrahim Al-Mufarrej, o Engenheiro. Um Vizir libanês, progênie do grande Vizir Tegyrius".

"Foram eles que atribuiram as funções que Aziz desempenha até hoje com perfeição. Primeiramente, infiltrar-se como um inofensivo Assamita nas cortes da Camarilla em Istambul. Al-Amin é visto por eles com curiosidade e condescendência. Uma espécie de garoto de recados que nosso clã usaria apenas para tarefas burocráticas, inserido nos salões da grande cidade e mais interessado em futilidades”.

“É aí, Adib, que as aparências podem enganar. Al-Amin aproveita que todos o enxergam como alguém inofensivo para nos trazer os rumores e boatos que circulam entre as cortes da Camarilla. E mais: ele já vem sendo usado por nossos anciões para espalhar qualquer tipo de rumor que NÓS gostaríamos que circulassem!”  

“Al-Amin também nos ajuda a negociar contratos. Em meio às dificuldades que passamos nos últimos séculos, as habilidades do jovem nos são úteis para garantir que o sangue Cainita continue chegando até o Alamut”.

“Porém, não é em nenhuma dessas tarefas que reside o grande talento de Aziz. Conseguir informações e negociar assassinatos é algo simples perto do método que ele desenvolveu para analisar os contratos que nossos guerreiros celebram. Em poucos minutos, Al-Amin consegue traçar diagnósticos sobre o possível impacto político de qualquer morte. Assim, podemos ter maior controle e nos precaver. Conforme conflitos se desenham na Europa, o trabalho de Aziz tem aumentado. Entender os impactos das mortes na sociedade otomana não tem sido suficiente para nossos objetivos. Precisamos saber o que acontecerá no grande cenário do Velho Mundo".

“Eu já presenciei Al-Amin em ação. Ao apresentarmos um caso para ele, seu tom normalmente leve e afetado é substituído por uma obstinação. Seus olhos brilham e em poucos segundos ele começa a disparar nomes atrás de nomes, chegando a adivinhar pormenores de maneira que eu só conseguiria atribuir à magia. Mas Al-Amin jura que não há magia naquilo que faz. Ele vai dizer: ‘Isso é uma análise lógica, senhores! Qualquer um pode enxergar!’

"Além de saber quem é quem e organizar o trabalho dos guerreiros, Aziz tem outra paixão. Todos nós sabemos que as mortes que causamos podem deixar evidências e chamar atenção desnecessária ao nosso clã. A obsessão por organização do jovem o transformou em um perfeito faxineiro. Ele não sabe apenas como limpar manchas de sangue e esconder um cadáver. Mais importante do que isso, Aziz sabe com quem falar e intimidar para que tudo seja interpretado como nada mais do que um mal-entendido, ou um desaparecimento misterioso".

"É por isso, Adib, que Aziz ganhou a alcunha de Al-Amin: o secretário. Curioso, não? Gosto de olhar para Al-Amin como um solucionador de problemas. Ele os resolve antes mesmo que se tornem algo que vá necessitar da ação dos nossos guerreiros. Qualquer coisa que um Filho de Haqim venha a precisar em Istambul, Al-Amin vai providenciar".

"Em minha última conversa com ele, senti um tom de melancolia em sua voz. Ele se questionava sobre o papel do Império Otomano. Havia sido criado para derrubá-lo, mas temia o que aconteceria com sua queda. Não deveriam árabes e turcos ficarem juntos, para impedir o crescimento dos bárbaros europeus? O que aconteceria com a fé islâmica sem o Império?"

"Eu respondi que não sabia, pois saber disso estava fora do meu alcance. Mas sorri de volta e lhe lancei a questão: não seria essa a pergunta perfeita para ser respondida pelo sagaz Aziz Al-Amin?"
Rajmund
Rajmund
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Qua Mar 14, 2018 9:44 pm
Personagem: Rajmund Samiec

Jogador: Glauco

Prelúdio:


Sua Majestade François Villons, Príncipe de Paris:

Por mais que doa a nós, sentimos a necessidade de encaminhar-lhe essa missiva que pode ser uma benção ou maldição disfarçada. Qual das duas opções, ficará a cargo de seu notável discernimento.

A leste de Berlim, nós lamentamos dizer, os valores e civilização tão duramente conquistados e defendidos no Ocidente não possuem as mesmas bases sólidas. Valores ultrapassados como superstições místicas e, mais importante, rivalidades mortais acerca de questões de honra e sangue perduram como ervas daninhas. O que nos leva ao motivo desta correspondência.

Há cerca de dois anos, a Capela Tremere na cidade de Debrecen foi incendiada e todos os seus membros mortos de forma brutal. Obviamente, investigações foram conduzidas e devido à natureza pouco sutil do ataque, os culpados logo foram encontrados. E foi essa descoberta que desencadeou a série de problemas que resultaram nesta carta: o ato havia sido cometido por um círculo Gangrel que se auto-intitulava As Presas de Arnulf, em homenagem a um membro notório de seu clã na Idade das Trevas. Mas pior, o círculo não agiu sozinho, mas contou com o apoio de um bando Tzmisce. Isso por si só garantiria a convocação de uma Caçada de Sangue a todos os envolvidos, mas antes que o Príncipe de Debrecen tomasse tal atitude, todos os Gangrel envolvidos, digo, todos os cinco sobreviventes. Vyacheslav Um-Olho, o líder, Rajmund Samiec, Rolf Sigurdsson, Andrej Zlobow e Erik o Javali. Incomum, mas normalmente não seria nada demais. Seria simples que nós simplesmente ordenássemos sua Morte Final ali naquele momento se… se eles não tivessem comparecido à minha corte acompanhados pelo Justicar do Clã Gangrel, Xaviar.

Majestade, entenda que Budapeste é um Domínio relativamente tranquilo, mas tudo isso foi pelos ares no momento em que aqueles seis Cabeças de Lobo adentraram na minha cidade. Em breve o Príncipe Lotharius de Viena também estava em Budapeste, ameaçando toda a fúria do Clã Tremere caso não recebessem as cabeças dos Gangrel envolvidos e insistindo que o caso fosse julgado por ele em Viena, uma vez que o crime havia sido cometido em território austro-húngaro. Xaviar interviu de forma decisiva: a Capela de Debrecen estava situada na Hungria, e assim como o governo dos mortais, Budapeste tinha plena autonomia para julgar o feito, além disso a capela, conforme testemunhado por ele mesmo, envolvida na produção de Gárgulas, além do regente ser um diablerista. Portanto, a menos que Lotharius em nome de seu Clã reconhecesse que a Capela de Debrecen agia de forma clandestina contra os comandos expressos do Clã, a questão seria avaliada mais a fundo, com o justicar lembrando de forma bem enfática de que qualquer envolvimento com criação ou prisão de Gárgulas era uma prática veementemente proibida pela Camarilla e o requisito da própria permanência do Clã Gangrel na seita.

Lotharius não pôde insistir na questão, mas permanecia exigindo a Morte Final dos Gangrel por se aliarem a membros do Sabá. Foi nesse momento que nós intervimos, apresentando uma proposta para, se não agradar, conciliar as partes. Todos os cinco membros das Presas de Arnulf estariam exilados para além da margem oeste do Danúbio até ordem em contrário. Além disso, cada um deles seria enviado a uma cidade grande sob domínio da Camarilla onde prestarão serviços fieis para a seita por um período de treze anos. Vyacheslav foi enviado para Nova York, para que ficasse o mais longe possível dos outros, que puderam escolher suas cidades, desde que fossem a capital de um país e estivesse a oeste do Danúbio. Rolf escolheu Copenhagen, Erik Londres, Andrej Roma e por fim, Rajmund Samiec escolheu a cidade de Sua Majestade.

O que nos leva a falar sobre o Gangrel em questão. Este Rajmund nasceu na Polônia, quando ainda havia uma, no final do século XVIII. Preso como caçador ilegal, ele foi recrutado nas Legiões Polonesas que serviram no Grand Armée de Napoleão em 1797, onde chegou ao posto de sargento e serviu até a campanha da Rússia em 1812. Neste ano, conforme ele mesmo me contou, estava com seu pelotão desgarrado do resto do exército durante aquela retirada catastrófica. Foi apenas sua experiência dos tempos de caçador ilegal que manteve o grupo vivo, e aparentemente, foi isso que chamou a atenção de seu senhor Vyacheslav, e o levou a matar todos os soldados do pelotão e Abraçar Rajmund, para em seguida aplicar a prática do Clã de deixar os seus neófitos por um ano sozinhos a fim de testarem suas capacidades de sobrevivência. Ao final deste período, Vyacheslav voltou à sua cria e o ensinou sobre as peculiaridades de nossa sociedade, inclusive sobre a história do Clã Gangrel e os Gárgulas, e como graças a isso tinham uma rixa de sangue com os Tremere. Pelo que eu pude constar pelo próprio Rajmund e por outras fontes, ele passou os anos seguintes tentando lutar por uma Polônia livre antes de perceber a futilidade disso e abandonar uma busca que era puramente mortal, para passar as décadas seguintes ou isolado nas regiões selvagens de seu país ou enfrentando inimigos de nossa espécie e seita. Aliás, até o incidente em Debrecen, poderia-se dizer que Rajmund era um Membro modelo, até onde os Gangrel possam ser considerados modelo de algo.

Em todo caso, ao ser sentenciado ao exílio, Rajmund disse uma frase curiosa: que como havia lutado pela França uma vez, talvez fosse a hora de conhecer o país pelo qual derramara tanto sangue. O que nos leva ao ponto central da missiva: sua majestade agora tem, para bem ou para o mal, um selvagem a seu dispor em seu domínio.

Nós desejamos a sua majestade bom proveito e discernimento para tirar o melhor de uma situação que talvez uma mente menor consideraria um inconveniente. Em todo caso, permanecemos dispostos a manter em contato e sempre ligados pelos laços fraternos que compõem a Camarilla.

Budapeste, 20 de dezembro de 1912
Dmitri Bogdanov
Dmitri Bogdanov
Mensagens : 58
Data de inscrição : 24/03/2018

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Sáb Abr 07, 2018 4:00 pm
O som da pena riscando papel ecoava pela casa vazia. Dmitri chorava em silêncio em quanto tentava escrever um pouco da sua história. No canto do escritório, diversas folhas de papel jaziam amassadas, ele tentava escrever a horas e nada saia. O amanhecer estava próximo ele já ouviu os pássaros cantarem e ele pensava se Seria nesta manhã que veria o amanhecer do sol ou se seguiria com sua não vida. Há poucas horas atrás ele perderá a única pessoa que amava a única pessoa que amou nos últimos 100 anos. Lágrimas caíram sobre o papel, tingindo a e vermelho mais uma vez ele Amassa a folha e a remessa no canto da sala.

Ele levantou-se da cadeira decidido a andar já que não conseguiria escrever nada nesta noite, em sua mão esquerda estava o lenço que Ellen usava no momento em que foi destruída. Enquanto passava pelos cômodos é possível ver o resultado que sua Fúria e do causará móveis Quadros e outros objetos estavam espalhados pelo chão tapete Central estava rasgado não havia nada no lugar. A chegar no quarto de Helen ele sentou-se na cama e chorou até adormecer.

Ao acordar, percebeu que as coisas não estavam melhores do que estavam ontem. A dor ainda o consumia e provavelmente o consumiria para o resto da vida. Ainda sentado concluiu que sua vida miserável não tinha nada, além de dor e sofrimento. Desde sua vida mortal que ele a morte caminho de braços dados primeiro seus familiares que morreram de fome e frio num período que muitos mortais morreram de fome graças ao Czar Ivan.

Após o abraço pouca coisa mudou. Por um motivo inexplicável, ao menos para ele, seu senhor desaparecera sem motivo aparente. Como ele ainda não havia sido apresentado ele conseguiu o direito de viver graças a benevolência da príncipe Maria, apesar de questionarem o seu direito de viver, já que o seu senhor não estava lá para garantir a sua existência e lhe passar as tradições.

Decidido a aprender sobre sua nova existência, decidiu viajar por toda Europa, para conhecer novas culturas, novas pessoas e novas formas de pensamento. Ele não ficaria preso numa terra onde só havia lama e gelo. Sua peregrinação duraram anos, ele conheceu as principais cidades européias, até que finalmente parou em Paris. A cidade passava por uma grande convulsão social, hoje conhecida como revolução francesa. Lá conheceu Helen, uma mulher de fibra e caráter forte. Ao lado dela, lutou na revolução pelo fim da monarquia. Alguns anos foram dedicados a Helen e a França, mas, a saudade de sua terra gélida o levou de volta a Moscou, justamente quando Napoleão acendia na França.

Helen partiu com ele, após a proposta do abraço. Entre eles havia um sentimento de admiração, respeito. Ao chegar em território russo, Dmitri pediu autorização a Maria para gerar sua cria. Houve desconfiança por parte da príncipe, já que, quando ele saira da cidade, pouco sabia sobre os costumes. Ele provou que tinha conhecimento o suficiente para ter uma cria e, na mesma noite em que foi ao principado, se reapresentar e pedir autorização para a criação de sua progênie, Helen conheceu a futura cria de Maria.

Dmitri abraçou Helen, contudo, ele já não era mais o centro da atenção de sua cria. Ele a orientou como pôde, dizendo que um envolvimento com “este tipo de gente” poderia causar a sua destruição. E era justamente por este motivo que ele estava ali, sentado na cama de sua falecida cria. O lenço ainda estava em sua mão, manchado de seu sangue, suas lágrimas de dor e pesar.

Durante as noites seguintes ao incidente, Dmitri tentou de todas as formas que ele conhecia, descobrir algo que o ajudasse a aplacar a sua dor e se vingar pelo que aconteceu, infelizmente não teve sorte e a sua relação com a príncipe e sua corte tornou-se quase nula. Após meses, sem motivos para existir, Dmitri caira numa letargia, seguindo o fluxo e pouco interagindo na política e na vida mortal de sua cidade, até que uma noite, quando saira para se alimentar, ouviu a voz inflamada de um jovem, que discursava junto aos operários de uma fábrica de botas. Sua determinação e eloquência prenderam a sua atenção. Por instantes, seu coração batera, inconscientemente, aquela rapaz franzino, de cabelos bagunçados e óculos de aro redondo, sem saber, dera aquela criatura, um novo motivo para seguir e, depois de pouco mais de um século, Dmitri tinha novamente sua atenção voltada para uma convulsão social e para a figura de um homem que parecia saber mais da vida do que ele.

Depois daquela noite fatídica, Dmitri o acompanha das sombras, observa seus movimentos, lê seus ensaios e aprende mais sobre a sociedade russa.





Backgorunds 20180412

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